Poemas

 

AQUI ESTÃO ALGUNS POEMAS DO LUCAROCAS

 

Do livro Passos da Imaginação


PREVISÃO

             Amarei o teu sorriso

Com o raiar da flor

E com o desabrochar da aurora

Farei o ontem de agora

E semearei no tempo

A alegria dos teus olhos

Para colher em dia lindo

A beleza que frutificará.

Regarei tua face

Com as minhas lágrimas

E sorrirei ao vento

Com a minha risada feliz

Para que o destino me fira

Com a tua espetada de amor.

Erguerei na minha alma

Um tempo primaveril

Onde a dor silenciará.

Vagarei por entre  as nuvens

Nos meus melhores pensamentos

Para ir ao teu encontro...

 

Amarei o teu sorriso

Na certeza de encontrar-me

Com a aurora

E chorar a solidão

Que desabrochará

Com a flor que tu és.

 

                    Fortaleza, 1982

 

DO SEU SORRISO

 

Falar do seu sorriso

Com a sensibilidade do querer

É voar na imaginação

E pousar suave em seu ser

É criar fantasia no olhar

Fazendo de o sonho um despertar

De uma ilusão

Fazer aconchego para o coração.

Falar do seu sorriso

É sorrir coma imaginação

É deixar o espírito alar-se

Na imensidão de um caminho,

É fazer do coração um ninho

Para acalento de amor,

É criar sentimento

Ver a visa em momento

Que não se traga a dor.

Falar do seu sorriso

Com a certeza do existir,

É criar a fantasia

De crer na alegria

Dos sorrisos que são seus,

E fazer desse semblante

Uma alegria constante

Sob os desejos de Deus.


CORRE COMIGO

 

Corre comigo a paixão

De se sentir a saudade

Vagueia no coração

O afeto sem maldade.

Corre comigo a esperança

Desse gostoso momento

De ser feliz a lembrança

Nas vozes do sentimento.

Corre comigo esse tempo

Que hoje me sinto só

Com risos pro acalanto

A esperar o melhor.

Corre comigo a certeza

Que em mim caminha a sorte

Para não fazer tristeza

O meu abraço com a morte.


UM MOMENTO

 

Se Deus me desse asas

Para voar em pensamento

Voaria até você

Mesmo contra a força do vento

Para beijar seus cabelos

Lhe fazer um acalento

E voltar para a saudade

De ter vivido um momento.


 

 

 

 

 

 

 

 


 

VÔO POÉTICO

 

De quando em vez

Recebo um abraço da saudade

E sinto em meu corpo o seu carinho.

Aí não fico sozinho,

E nos passos da minha imaginação

Deixo fluir minha emoção.

Na beleza do amor

Faço esquecer a dor

Para gerar alegria

E vou cantando a saudade

Nas asas da poesia.

 

LIVRE PRISIONEIRO

 

Pela liberdade que tive

Meus passos me levaram até você.

Agora, uso da liberdade que tenho

Para me prender em seus carinhos

E sentir a beleza de ser livre.

Colho contigo a libertação do tempo

E nela tenho a certeza

Que some aprisionarei

Pelos elos utópicos do amor.

Faça-me livre como sou

Que sempre me deixarei prender

Pelos seus braços.

 

LIVRE CAMINHADA

 

Caminhar nos passos da vida

Com saudade do que ficou

É criar a sabedoria

Perpetuando o amor.

É plantar semente boa

Para colher no futuro

A certeza da verdade

Quando o fruto está maduro.

Caminhar com o passado

Da vida em seu pensamento

É crer numa existência

E fazer do seu momento

O desabrochar da vida

No encontro da eternidade

É abraçar o infinito

Com os braços da liberdade.


 LIBERDADE DE SONHAR

 

Não fosse pelo compromisso da vida

Eu estaria jogando com o vento

A alegria do mar

E colhendo da areia da praia

Seu último sonho.

Talvez até corresse com o sol

Em busca da sombra que me seguia,

Ou então,

Dançaria com as águas

O seu bailado sublime

 

Onde o silêncio é música

E a paz perde-se

Na harmonia da solidão

Quem sabe

Eu não dormiria em uma nuvem

E sonharia com urna bela amada

 

Que meus olhas não veem

E minhas mãos não podem tocar,

Mas só meu coração pode sentir.

Então acordaria

Abraçado com a minha solidão

E teria amado mais um momento.

  

ENCONTRO DE MAR

 

Guiado pelo desejo de liberdade

Vou ao encontro do mar

E afogo a minha saudade

E grito a alegria

Que dentro de mim habita.

Entrego meus pensamentos à brisa

E com eles vejo voar a gaivota

Que se perdeu

Nos confins da imensidão do mar.

Molho meu corpo

E deixo na praia

Um passado que vivi

Para buscá-lo só em saudade

Quando um dia

Meu coração assim quiser.

  

MEDITAÇÃO DE QUERER

 

Quando suave vagueia

Minha alma

Na espuma branca

Da imaginação,

Saudade invade

Corri calma

A ala do meu coração.

Quando sorrio na dor

Que meus olhos lacrimejam,

Sinto morta a minha prece

Que se faz por almejo

De um tempo que não se esquece.

Quando vejo vento longe

Afagar uma tristeza,

Faço verso para amar

A face de uma beleza

Que vive para dar.

Quando vivo pra sentir

O amor no renascer,

Passo a querer unir

         O meu amor a você.

 

CERTEZAS DO TEMPO

 

Caminha comigo

Na esperança de que a luz

que morre

No entardecer,

Seja nascente nas estrelas,

E o raiar do novo dia

Seja a certeza

De caminharmos sempre juntos.



CONFUSA CAMINHADA

 

Quando penso no tempo que passa

Caminho errante

Em busca de um futuro

Que me deixou para trás

E de um presente que ainda virá.

Navego nas ondas turbulentas

de um tempo,

Onde meu coração ancorou

No silêncio de um eu perdido

Na imensidão de uma saudade

Que não tive.

Viajo sobre as nuvens

E, com as estrelas,

Canto um coro de paz,

Onde luz se confunde

Com o lume dos meus olhos

E no ofuscar do sorriso

que dou ao infinito.

Deixo meu espírito banhar-se

nas límpidas águas da liberdade.

 

CONVICÇÃO

 

Fossem meus olhos tapados

Com o manto escuro da cegueira

Meu espírito de certo se faria luz

E me guiaria por todos os campos

E me mostraria as belezas

Que nunca tive a oportunidade de ver.

Aí saberia que belo seria a rosa

E que o espinho nela traduziria

A certeza do feio coberto pelo belo.

  

PASSOS, VISÃO DA LUZ

 

Eu vinha só, no meu caminho

Triste e sozinho

Na escuridão.

Fui seguindo o meu destino

Fui me ver menino

No meu coração.

Minha caminhada triste

Me mostrou que existe

Ao longe uma luz.

Dei mais alguma passada

E no decorrer da estrada

Me encontrei com Jesus.

  

BUSCA DE PAZ

 

Caminhei

No silêncio que me cativou

E com ele cruzei caminhos.

Meu corpo deixou-se ir

Pela certeza de um existir do espírito

Onde luz ao longe buscava

Em estado de paz

Uma consolação

Para a certeza de se ter

A beleza da vida.

 

 

CONFIDENTE ALADA

 

Borboleta que vagueia,

Vem pausar na minha mão

E conta sem ter saudade

Se já tivestes emoção.

Fala da vida lá fora

Do pouso e do revoar

Dizendo ter alegria

Na força do teu cantar.

Colhe com um riso lindo

O perfume de uma flor

E confidencia a mim

Se já tivestes um amor.

Borboleta que voou

Para muito mais além

Vem sentir a minha dor

Chorar por quem quero bem.


ESCRAVO DO RELÓGIO

 

Como pode esse meu corpo

Caminhar com emoção,

Se no peito bate um relógio

Em forma de coração.

 

Ser escravo desse tempo

Sem forças para o amor

É um marcador de espaço

Fazendo crescer a dor.

 

Assim não posso viver

Como corrente sem rumo

No compasso dessa vida

Sem diretrizes nem prumo.

 

O jeito é me libertar

Nas asas de uma saudade

Deixando o tempo voar

Com as cores da liberdade.

Aí então serei livre

Sem carregar essa dor

De transformar um relógio

Nas grades do meu amor.

 

ENLEVO DE POETA

 

Nas cores da vida

Pintei seu olhar

Colori o mundo

Com o seu gracejar

E como poeta

Me pus a cismar.

Vaguei no agreste

Do meu coração

Nos lábios seus

Colhi a canção

De um momento vivido

Com grande emoção.

Navegar não podia

Nos mares da dor

Pois a beleza soprava

Na paz do labor

Construindo bem forte

Um elo de amor.

Carinhos nos olhos

Sensibilidade a fluir

Beleza que emana

Do próprio existir

Sedução que cativa

Sem o corpo despir.

Assim eu lhe vi

Como poeta que sou

Não negar

Você me tocou

Com seta certeira

No alvo do amor.

                                    Fortaleza – 1986


ENCONTRO POÉTICO

 

Não quero distância

Quando você partir

Não quero partir

Quando você chegar

Quero o encontro do sim

Quando noite, no silenciar

Ou quando o sol resolver raiar

Quero a poesia fluente

No seu cantar

Quero você presente

No meu versejar

Quero a luz da sabedoria

No seu sonhar

Para que da vida

Possamos falar

Falar com certeza

Sem vacilar

De que a poesia

Vai caminhar

E por mais que sonhemos

Há despertar

Acordar na beleza

De se poder amar

Poetisa canta seu canto

Que eu quero escutar.

  

SER POETA

 

Sou poeta nesse instante

De um belo amanhecer

Sou poeta solitário

Porque me falta você.

 

Sou poeta cantador

De uma canção de ninar

No sono que se embalou

Com força do meu cantar.

 

Sou poeta nesse lume

Que surgiu dentro de mim

Num instante de ternura

Que deixou triste assim.

 

Sou poeta em liberdade

Na minha imaginação

Querendo ser prisioneiro

Do seu lindo coração.

 

Sou poeta por acaso

Quase mesmo sem querer

Sou poeta simplesmente

Porque existe você.

 

GRANDEZA DO AMOR

 

Amor que a vida traz

Com jeito de quem seduz

De tudo se é capaz

Trazendo raio de luz.

Amor que a vida dar

Sem cobrar o seu saber

Fazendo quem sabe amar

Nas trilhas melhor vencer.

Amor de saudade boa

Que se tem em coração

Viver não se vive à toa

Quando se tem uma paixão.

Amor doce verdade

De quem ama com alegria

Vivendo a felicidade

Com o raiar de um novo dia.


 PODER DESEJOSO DE AMAR

 

Seus olhos, sua beleza

Seu riso grande alegria

Não lhe vejo com tristeza

Seu canto é poesia

Poesia que encanta

Meu canto com emoção

Sua voz que acalanta

As dores do coração.

Quero a vida como é

Do jeito que deve,

Com força vida e fé

De poder amar você.

  

CANÇÃO DE  AMOR

 

No silêncio do íntimo dos teus olhos

Descobri essa canção,

E com o meu sorriso

Colhi nota por nota,

Para com o teu sorriso cantar

Em nossos beijos

Essa bela canção

Que só corações amantes

Sabem cantar.

 


NÃO TE QUERO

 

Não te quero

Se me queres só pra ti

Pois meus caminhos são muitos

E eu tenho que seguir.

Não te quero

Se me queres pra chorar

Pois meu riso é uma canção

E eu nasci para cantar.

Não te quero

Se me queres pra fugir

Pois sou fruto dessa terra

Sou semente a produzir.

Não te quero

Se me queres pra sonhar

Pois meu sonho é realidade

E eu vivo em despertar.

Não te quero

Se me queres em prisão

Pois sou brisa em liberdade

Sou ave de arribação.

Não te quero...


VOCÊ

 

Você chora com o riso que não deu.

Você rir com a lágrima do seu coração,

Fala com o silêncio vazio

E cala com a palavra amarga.

Canta com a saudade de hoje

E mata-se com o amanhã que não vem. Você dorme com o pesadelo do sono,

E desperta com a realidade do sonho.

Você mata Com a vida que não tem,

E vive com a morte em você.

Você ama com o amor alheio

E não consegue amar o seu próprio amor. Você está viva com todo o fulgor

Da certeza do tempo.

Você está viva por fora

E se mata por dentro,

Você, só você pode se ressuscitar.

 

   

MISTÉRIO DE OLHAR

 

O mistério dos teus olhos

Cativa meu coração

E o meu jeito de olhar

É força de uma inspiração

Que colhe no seu olhar

Um gosto de emoção

No desejo consciente

De desfrutar uma paixão

Por num instante viver

Na paz da libertação.

 

SORRISONHO

 

Colher no campo do além

Um sorriso corno o seu

É galgar e fazer bem

Pelos caminhos do Deus.

É beleza que cativa

Como um momento de luz

Na transparência afetiva

O seu sorriso seduz.

Sorriso tão belo assim

Só podia ser então

De uma boca carmim

Partindo do coração.

Mas como um passarinho

O seu sorriso voou

Para não se fazer ninho

No poeta que sonhou.

Texto

Descrição gerada automaticamente
 

 

 

 

 

 

 


FLORISO

 

Riso que se encanta

Fala suave, acalanta

Murmura com o silêncio

E como brisa canta.

Nesse momento de paz

Onde a beleza faz

Um brilho de esplendor

Num instante de amor

O sonho se segue alado

Como anjo idolatrado

Num celeste cor de anil.

 

Num olhar onde se viu

A pureza de um jasmim

Com uma cor de carmim

Embelezando essa flor

Que jovem desabrochou

Para um só poeta ver

Essa flor que é você

Num delirar de amor.


 

RISO DE  INSPIRAÇÃO

 

Sorriso passageiro

Mensageiro da ilusão

Que brotou como semente

No poeta em coração

Libertou a poesia

Cativando com alegria

A força de uma canção.

Escuta este canto novo

Como quem clama a paixão

Com força de liberdade

Nos ares da emoção

Para com o seu amor

Fazer grade de prisão

E morar com a saudade

A grande libertação

E viver felicidade

Num riso de inspiração.



ALGUMA

COISA

 

Alguma coisa

Como esse momento aqui

É poder colher da vida

Todo seu belo sorri

Como lume que emana

De uma estrela brilhante

Da grandeza que se faz

Num transformar de semblante Alguma coisa

Que de bom se pode ter

É criar a harmonia

Quando se está com você.

 

 


QUALQUER

COISA

 

Qualquer coisa que se pinte

Nessa vida com amor

Não tem a maior beleza

Do que o seu sorriso a cor,

Pois qualquer coisa que seja

Belo como seu olhar

Não é assim tão puro

Como eu ia lhe sonhar.

 

 

 

 

 

 


 

MOMENTO

DE

COR

 

No colorido da vida

A certeza da cor certa

Na hora precisa

Que você com harmonia e pureza Colocará na paisagem do seu existir

Por toda da uma continuidade

De realização plena

Onde a cor da esperança

Estará sempre em evidência Fulgurante em seu coração.

Se um dia, por ventura,

Misturar as cores

E confusa não souber distingui-las

Avisa-me quem, quem sabe

Com a minha experiência em artes

Não posso eu ajudá-la.

 


 

SAUDADE, COMPANHIA TRISTE

 

Te ver assim

Na solidão de um quarto

Com o silêncio da vida

Na calmaria da paz que não há

Traz a tristeza em mim

Como companhia

Sem gerar alegria

Do riso que de te emana.

Meu riso não mais encanta

Como a canção de ninar

 

Que a saudade

Sabe cantar.

Te ver assim

Com o seu jeito triste

De quem já sorriu

Faz simplesmente lembrar

Com saudade

O tempo que tu eras feliz.

 

 


 

SAUDADE NOSSA

 

Voa ao longo, aos confins

Das profundezas do pensamento

E encontrarás dentro de mim

Saudades por um momento.

 

Segue o desenrolar do tempo

Sentindo a dor que em mim habita

Em todo ou por um momento

Quando o meu silêncio grita.

 

Colhe o tempo que passou

Com as mãos do teu labor

Na esperança de vencer.

 

Então verás em meu eu

Um coração como o teu

Saudoso junto a viver.


 

 

 

 

 

 

 


 

SEIO DE MORENA

 

Vi pequeno em blusa fina

Numa beleza serena

Naquela linda menina

Estava o selo de morena.

 

Firme e forte, sem balanço

Morenando o meu olhar

Eu sorri com um olhar manso

No lindo seio a fitar.

 

Mansamente fui chegando.

Mamilos firmes assim

Querer ficar só olhando

Era querê-los para mim.

 

Mas a morena partiu

Levando o seio carnudo

Meu chamado não ouviu

De vontade fiquei mudo.

 


Lucarocas a Arte de Ser

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